De acordo com a ciência o surgimento da espécie humana ocorreu no continente africano, já a visão das grandes religiões monoteísta é de que o primeiro homem veio da região da mesopotâmia, de acordo com as duas linhas de pensamento toda a humanidade descende de um mesmo individuo. Em toda aquela região em que se discute a origem da raça humana, que vai da África até Oriente Médio, a incidência de sol é muito grande e o clima é bastante seco com presença de muitos desertos. A ciência também afirma que uma substância chamada melanina é a responsável pela pigmentação que vai determinar a cor da pele. Por uma questão genética quanto mais melanina produzida pelo organismo mais escura é o tom de pele. Essa substância também protege o tecido humano contra os raios ultravioletas do Sol. Como se originaram de uma região onde a predominância de sol e calor é muito grande, os primeiros seres humanos tinham a sua pele bem escura. Se por um lado pele mais escura protege dos raios UV, do outro lado a sintetização da vitamina D é menor, a consequência é o raquitismo (ossos mais fracos). Como o sol ajuda o organismo a absorver a vitamina D, por uma questão de adaptação e sobrevivência, na medida em que o homem foi migrando e povoado as regiões mais frias foi diminuindo a produção de melanina ocasionando uma pele mais clara. Podemos dizer que na evolução da espécie o homem negro sempre busca um lugar ao sol para sobreviver.
O homem evoluiu geneticamente, mas em muitos momentos ele parece involuir, ou seja, retroceder. O racismo se trata de um dos maiores retrocessos da humanidade e infelizmente ainda se faz muito presente nos dias de hoje. Já a escravidão que tirou a liberdade de milhões de pessoas principalmente nos continentes africano e americano, buscou também acabar com a dignidade de homens e mulheres que eram reis e rainhas em suas terras. E o que dizer diante de atitudes que parecem tão primitivas? Como orientar um jovem negro que busca um lugar ao sol? Em primeiro lugar ele deve saber o que é ser negro. Ser negro é ser pura melanina e estar próximo do original, é enfrentar a vida de cara para o sol e resistir aos desertos. Ser negro é lutar tendo dentro de si a raiz da liberdade mesmo tendo que atravessar oceanos. Ser negro é ser filho do rei, é ser príncipe ou princesa. Negro é ser lindo tendo como pintura o tom de sua própria pele. Ser negro é estar perto de Deus como qualquer outro ser humano, pois todos nos viemos da mesma origem e fomos criados a imagem do criador. Não se pode esquecer que um mesmo Deus criou todos nós, sendo assim, jamais poderemos nos sentir inferior a ninguém, lembrando-se do salmista que diz: “Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito e entretecido (entrelaçado) nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!” (Sl 139:14-17).
Márcio Fostino
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