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Foto do escritorMárcio Fostino

SINAGOGA, UM MODELO PARA IGREJA DE CRISTO.

Atualizado: 24 de fev. de 2022

MARCOS 6:1-2- “E, partindo dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos?”.

Jesus havia feito muitos milagres na Galileia, entre eles a ressurreição da filha de Jairo, chefe de uma sinagoga. Depois deste acontecimento ele e seus discípulos foram para Nazaré. Como de costume, no sábado Ele entrou em uma sinagoga e começou a ensinar. Muitos ficaram admirados com seus ensinamentos e indagaram de onde vinha tanto conhecimento. Jesus havia crescido em Nazaré e aqueles que o conhecia disse: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão?”. Eles ficaram decepcionados ao identificarem-no com o filho de José. Então, Jesus disse que o profeta não tem honra se não em sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Jesus não pode fazer ali nenhum milagre por conta da incredulidade das pessoas. Porém continuou a percorrer as aldeias daquela região para ensinar.

Nos tempos de Jesus era comum a existência de sinagogas nos territórios dominados pelo Império Romano. O termo sinagoga quer dizer convenção ou assembleia. Durante o cativeiro na Babilônia o Templo de Salomão havia sido destruído, longe de sua terra e sem um lugar de adoração, os judeus se reuniam para ouvir e meditar sobre as escrituras sagradas, estes ajuntamentos receberam o nome de sinagogas. O surgimento das sinagogas está diretamente relacionado com os escribas, pois eles eram os responsáveis por transcreverem as escrituras usadas nas reuniões. Os rolos contendo cópias da Lei e dos Profetas ficavam dentro de uma arca chamada de “Arca da Torá”. As passagens que eram lidas geralmente por um ancião ou um mestre da lei eram chamadas de “porções”. Com o passar do tempo regras foram estabelecidas para que se houvesse uma sinagoga, uma delas era que onde houvesse dez homens judeus adultos ali seria constituída uma assembleia. Mais tarde sinagoga passou a dar nome ao local onde às comunidades judaicas se reuniam. Nesses edifícios além de se reunirem para adorar a Deus e estudar as escrituras, também as crianças aprendiam a ler e escrever, além de haver discussões acerca das questões sociais e julgamentos públicos.

Após a volta do exílio, os judeus adotaram o uso das sinagogas que logo se espalharam por toda região da Palestina, um novo templo foi construído e finalizado por volta de 516 a. C. Na religiosidade dos judeus, o templo passou a ser o local de adoração ao “Eterno” através dos serviços, sacrifícios e dos dízimos, enquanto as sinagogas tornaram-se os locais de ensino e oração. Jesus e seus discípulos frequentavam o templo e as sinagogas. Por diversas vezes as escrituras nos mostra Jesus ensinando e discutindo com os mestres da lei nas sinagogas. No templo, Jesus expulsa cambistas e mercadores, além de profetizar sobre sua destruição. A palavra igreja vem do grego “ecclesia”, assim como sinagoga também significa reunião ou assembleia. Igreja designava a reunião dos seguidores de Jesus, com o decorrer do tempo passou a dar nome ao lugar onde se reuniam os cristãos. No início os discípulos de Jesus se reuniam nas casas, muitas vezes os apóstolos também anunciavam a mensagem nas sinagogas. As reuniões eram chamadas de sinagogas. Em sua carta no capítulo 2 Tiago escreve que não se deve ter a fé em Jesus Cristo fazendo acepção de pessoas, ele diz que nas reuniões um homem que entra com um traje de luxo não pode ser tratado melhor do que uma pessoa pobre. Originalmente foi utilizado o termo sinagoga para se referir as reuniões: “Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos...” (Tg 2:2), outras versões bíblicas utilizam os termos; igreja, assembleia, congregação ou reunião.

Embora o cristianismo tenha se originado de muitas crenças do judaísmo, se tratam de duas religiões diferentes que se convergem em muitas crenças, mas se diferem nos rituais e em algumas interpretações bíblicas. Enquanto no judaísmo reuniões acontecem em sinagogas para adoração, oração e ensino das escrituras, no cristianismo as igrejas devem exercer as mesmas funções. Para o judeu a adoração não está completa, pois, o “Templo” que era o lugar dos sacrifícios precisa ser reconstruído, já para os cristãos o lugar de sacrifício é o monte Calvário, onde Jesus morreu como preço de resgate para que pudéssemos herdar a vida eterna. Devemos nos reunir no nome de Jesus, pois só em Cristo a nossa adoração a Deus pode ser completa.


Márcio Fostino.

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