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Foto do escritorMárcio Fostino

O MUNDO IDEAL X O MUNDO REAL.

Atualizado: 24 de fev. de 2022

JOÃO 17:14-16 – “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”. Perto de sofrer seu martírio Jesus desenvolveu um diálogo com o “Pai” fazendo uma oração, em que pediu para que seus discípulos fossem livrados do mal. Jesus pede para que o Pai o glorifique para que através Dele o nome de Deus também fosse glorificado. Ele lembra que havia cumprido o propósito de ensinar sobre o Reino de Deus a seus discípulos e, que agora Ele não pertencia mais a este mundo, no entanto, os discípulos precisavam continuar a propagar a mensagem mesmo sem a sua presença. Jesus havia edificado seu ministério em função do cumprimento e no ensinamento das Escrituras, por esta razão Ele diz que o mundo o odeia e, por consequência seus discípulos também seriam odiados, já que eles permaneceriam fieis aquilo que Ele havia lhes ensinado. Jesus havia lhes dito que: “Era chegado o Reino de Deus”, e que eles não pertenciam mais a este mundo, mas que agora eles pertenciam ao Reino dos céus, que havia conquistado suas mentes e corações. Jesus ensinou sobre um reino ideal de amor e justiça que seria estabelecido totalmente em um tempo futuro, porém eles ainda teriam que viver a realidade de um mundo real que não espelhava a vontade de Deus.

Nicolau Maquiavel foi um filósofo, diplomata, poeta e músico. Viveu em Florença entre o final do século XV e inicio do XVI durante o absolutismo (poder absoluto dos Reis na Europa). Durante este período o território que hoje forma a Itália era fragmentado governado por diversos governantes. Um dos territórios era a República de Florença, governado pela família Médici. Maquiavel que havia observado vários governantes e tinha bastante experiência administrativa resolveu escrever a Lorenzo Médici, ele mostra ao príncipe como funciona a relação de poder no mundo real, a fim de orienta-lo para que ele não só mantivesse seu domínio, mas também para que expandisse seu reino. Maquiavel faz uma relação dos tipos de reinos hereditários ou conquistados, depois explica as dificuldades que cada governante precisava enfrentar para manter seu poder. Entre as questões por ele levantadas está a pergunta: Para o governante é melhor ser amado ou ele deve ser temido? Na sua visão é desejável que seja ao mesmo tempo amado e temido, como tal combinação é muito difícil, é muito mais seguro ser temido, pois os homens são ingratos, volúveis, dissimulados, procuram se esquivar do perigo e são gananciosos.

Jesus mostrou aos discípulos que eles teriam um grande desafio ao colocar em prática aquilo que haviam aprendido, seus ensinamentos transcendiam a realidade deste mundo que vive em desconformidade com a vontade de Deus. Ao mostrar para Lorenzo como pensam os cidadãos de um reino, Maquiavel disse que o príncipe deve estar acima da ética e da moral para que seja bem sucedido, em contrapartida, Jesus mostrou a seus discípulos que existem princípios no Reino de Deus que jamais podem ser quebrados, e que precisam ser ensinados, pois através deles os homens podem ser transformados.

Em o Príncipe, Maquiavel apresenta um manual de conquista e poder num mundo decaído e depravado, já os evangelhos apresenta a oportunidade de escolha, entre o mundo real ou o reino ideal. Escolher ser um cidadão do Reino de Deus não significa sair deste mundo, nem sermos poupados dos problemas desta terra ou que não poderemos viver as coisas boas que a vida oferece. O próprio Jesus ao interceder por seus discípulos pediu para que Deus os guardasse e não que os tirasse deste mundo. Jesus havia inserido a vontade de Deus no coração e na mente dos discípulos, Ele pediu para que o maligno não usasse as armadilhas deste mundo para arrancar aquilo que havia sido plantado. Embora a realidade da vida possa nos induzir a sermos manipuladores e fingirmos ter virtudes, embora muitas vezes, de fato não as tenhamos, devemos procurar ter a consciência de Cristo.


Márcio J. Fostino.


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