Muitos líderes cristãos argumentam que os problemas sociais vividos pelo Haiti são consequências das práticas religiosas, no entanto, como explicar sob a ótica cristã o fato dos países nórdicos terem os melhores índices de qualidade de vida do mundo tendo grande parte de sua população composta de ateus, e, no passado tinha em comum a crença no deus Odin. Como explicar o fato da China e Japão que respectivamente são a segunda e a terceira economia mundial serem países com populações de maioria budista e xintoísta. O Haiti também chamado “Pérola do Caribe” foi uma ex-colônia da Espanha e depois da França, a produção e comércio de cana-de-açúcar foi tão poderosa no país que praticamente acabou com o ciclo da indústria açucareira do Brasil. O Haiti foi o primeiro país a se tornar independente e também a primeira nação negra das Américas. Depois de terem derrotado as tropas de Napoleão Bonaparte em 1804 os escravos se rebelaram e tomaram o poder, foi a primeira e única vez na história que isto aconteceu. Com medo que as rebeliões se espalhassem pelas colônias, os países cristãos dominadores que tinham relações comercias anularam os pactos comercias e isolaram o Haiti e o condenou a maldição de ser o país mais pobre das Américas. O Haiti representa um pensamento cristão europeu que escraviza e explora o outro se fundamentando na ideia de serem os escolhidos de Deus. Muitas vezes somos influenciados com este mesmo pensamento e agimos da mesma forma e exploramos aqueles que estão em uma posição inferior a nossa. Jesus quando veio ao mundo não derrotou os dominadores dos judeus e lhes deu poder de serem os novos dominadores, pois, se isto acontecesse eles teriam que oprimir outros povos. Haverá um tempo que seremos todos iguais, não importará se somos pretos ou brancos, haitianos ou noruegueses, pois seremos um só povo. Até chegar este dia o povo que diz ser cristão precisa se converter verdadeiramente a Cristo.
Márcio Fostino
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