Êxodo 25:8-9 – “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis”.
No Monte Sinai Deus revelou a Moisés os Dez Mandamentos e os escreveu em duas tábuas de pedra. Em seguida Ele ordena ao povo por intermédio de Moisés que fizesse oferta, a fim de construir um santuário que seria o lugar de habitação entre eles. Como o povo estava em peregrinação pelo deserto o santuário seria móvel e, todos os detalhes de sua construção foram dados a Moisés. As primeiras instruções foram em relação aos móveis (utensílios) que comporiam seu tabernáculo, além de sua utilidade estes objetos continham em si uma didática para espiritualidade dos israelitas. O primeiro e mais importante utensílio a ser construído era uma arca feita com madeira de acácia e coberta de ouro, nela seria guardada as duas tábuas contendo os mandamentos, sobre ela ficaria um propiciatório tendo dois anjos querubins de asas abertas, entre eles Deus se faria presente. Depois das instruções a cerca dos utensílios, Moisés foi orientado sobre a construção do santuário, denominado “Tabernáculo ou Tenda da Presença”. O Tabernáculo que ficaria no centro de todo acampamento israelita seria cercado e dividido em três partes. Na parte externa que seria o Átrio (pátio) os sacerdotes fariam os rituais de purificação pessoal e os sacrifícios. A parte interna seria composta de dois compartimentos; O Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (Santo dos Santos). No Lugar Santo ficaria utensílios; a mesa dos pães da presença de Deus, o candelabro de ouro (Menorá) e o altar do incenso, ali os sacerdotes entrariam para continuar os serviços sacerdotais. No Santo dos Santos onde a Arca da aliança representava a presença de Deus, apenas o Sumo Sacerdote poderia entrar para fazer a expiação pelos pecados do povo. O santuário era uma representação física da dimensão do reino celestial.
Após conquistar a terra de Canaã, os israelitas fixaram o Tabernáculo em Siló (Js 18:1), posteriormente foi levado para Gibeão (1 Cr 21:29-30). A Arca da Aliança que representava a presença de Deus passou a ser utilizada também como símbolo de guerra. O reino de Israel perdeu uma batalha para os filisteus, em decorrência a arca foi levada pelos inimigos. Os filisteus colocaram a arca em um de seus templos, uma série de acontecimentos ruins aconteceram, então, eles a devolveram para os israelitas. Cerca de 200 anos depois que Moisés construiu o Tabernáculo, Davi trouxe a arca para cidade do rei e a colocou numa tenda.
Como rei Davi desfrutava dos privilégios de sua posição, ele não achava justo viver num palácio enquanto a arca permanecia em uma tenda (O rei Davi morava em seu palácio quando, certo dia, em conversa com o profeta Natã declarou: “Estou aqui residindo em um palácio de cedro puro, enquanto a Arca da Aliança de Yahweh permanece abrigada numa tenda!”) (1 Cr1:17). Então Davi decidiu construir um templo para abrigar a arca, porém, Deus rejeitou sua oferta, pois ele era um homem que havia derramado muito sangue em suas batalhas (1 Cr 28:3). Deus permitiu que Davi ajuntasse os recursos para que seu filho Salomão pudesse construir o templo. Quando assumiu o trono Salomão utilizou os recursos que seu pai havia deixado e concretizou o projeto. O Templo seguia alguns princípios do Tabernáculo, porém Salomão fez outros acréscimos. Ele mandou trazer da cidade de Davi a Arca da Aliança e a tenda e as colocou no Templo.
O templo construído por Salomão foi destruído quando o Império babilônico invadiu Jerusalém, por volta de 587 a.C. Estes acontecimentos também coincidem com o desaparecimento da arca, uma das linhas de pensamento é de que ela teria sido escondida pelos israelitas. Após a volta do exílio os judeus começaram a reconstruir Jerusalém, um segundo templo foi construído em 46 anos sob a liderança de Zorobabel, no lugar da arca foi colocada uma pedra. Certa vez passando diante do templo Jesus profetizou: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2:19). Jesus estava falando de sua ressurreição que aconteceria em três dias. No ano 70 o templo foi destruído pelos romanos liderados pelo general Tito.
A Lei foi revelada por Deus a Moisés, Ele ordenou que ela fosse colocada em uma arca guardada por dois anjos. Um santuário que tinha a representação do trono celestial foi construído para abrigar a arca, ali os sacerdotes ofereciam serviços que santificava o lugar e onde era manifestada a presença de Deus. Após sua ressurreição Jesus subiu aos céus para o Tabernáculo celestial onde intercede por nós. Fomos criados como a imagem e semelhança do nosso criador. Por intermédio de Jesus passamos a ser o templo de Deus, pois só ele pode tirar a pedra que existe no nosso coração para guardar uma lei que rege os princípios da vida.
Márcio Fostino.
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