1 CORÍNTIOS 1:22-24 – “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.”
As crenças são construídas a partir das experiências vividas e pelos ensinamentos que adotamos, ou seja, é acreditar em algo que por meio da repetição se torna um hábito. Crenças são constituídas dos saberes e dos ritos que recebemos e adotamos como verdade. Já a fé implica numa disposição de alma para confiar em outra pessoa ou divindade. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração, não se restringe a força do intelecto e descarta a necessidade de um acontecimento para ser firmada. A melhor definição bíblica que sintetiza o conceito de fé está na carta aos Hebreus: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, é a prova das coisas que se não veem” (Hb 11:1). A fé é uma certeza revelada no coração que independe de comprovação. Muitas vezes as crenças podem ser limitantes impedindo que alcance a verdade, pois simplesmente obedece a um sistema de repetição sem que haja questionamentos de sua natureza.
Paulo recebeu informações da divisão e muitas brigas existentes entre os membros da comunidade cristã de Coríntios. Alguns se intitulavam discípulos de Paulo, outros de Pedro, alguns de Apolo e, aqueles que diziam ser de Cristo. No intuito de resolver a situação Paulo escreve fazendo a seguinte indagação: “Está Cristo divido?”. Paulo lembra que ele não foi crucificado em favor deles e, que ninguém havia sido batizado em seu nome. Ele ainda salienta que Jesus o escolheu não para batizar, mas para evangelizar e, que a mensagem do evangelho é loucura para os que perecem; para aqueles que são salvos é a manifestação do poder de Deus. Esta pregação de que Cristo que foi crucificado, morto e ressuscitado trouxe a salvação para aqueles que creram. Em suas crenças os judeus pediam um sinal, e os gregos buscavam sabedoria, porém, Paulo diz que eles pregavam a Cristo crucificado, que era um escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. A crença judaica estava bastante enraizada nos rituais e em muitos casos dependia dos sinais sobrenaturais como curas e outros milagres para que as pessoas mantivessem suas crenças. Já os gregos desenvolveram suas crenças baseados na lógica e na filosofia que abrangia diversos conhecimentos incluindo a teologia grega. Embora Jesus tivesse feito muitos milagres e ensinado verdades profundas, sua pregação era direcionada pela simplicidade muitas vezes transmitida através de parábolas, enfatizando o valor do amor e do perdão. Jesus também mostrou que não são as crenças que levam a Deus, mas sim a fé Nele, pois Ele é o caminho e a verdade.
Jesus é a verdade revelada, não precisamos de outro caminho para chegar a Deus. Não existe crença sem fé, mas pode haver fé sem crença. Não vivemos sem ter um conjunto de crenças, seja, elas sócias ou espirituais, elas fazem parte da nossa vida. As crenças são parte do imaginário coletivo que acabamos absolvendo como forma de pertencimento a um grupo, elas podem se tornar importantes, mas não podem ser obstáculo para a nossa fé. Muitas vezes se apegamos as nossas crenças como alguém que se agarra a um galho dependurado a beira de um abismo, no entanto, a fé nos faz acreditar que se nos soltarmos às mãos de Deus nos segurará. A fé em Jesus nos faz perder o medo de viver, sem ter receio do amanhã, entendendo que futuro pertence a Ele. Jesus disse que se crescemos Nele faríamos parte do reino de Deus e herdaríamos a vida eterna. Não devemos construir nossas crenças para chegar até Ele, mas precisamos ter a fé Nele. As crenças nos levam a ter uma religião, a fé em Jesus nos leva a salvação.
Márcio J. Fostino.
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