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Foto do escritorMárcio Fostino

DEFININDO A PAIXÃO DE CRISTO.

Atualizado: 24 de fev. de 2022

Isaías 53: 4-5 – “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus oprimido. Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

Em suas profecias o profeta Isaías anunciou a vinda do Cristo, o ungido de Deus, que restauraria tudo aquilo que o pecado foi capaz de quebrar, principalmente a comunhão com Deus. Além de revelar o que representaria a sua vinda, ele também falou do sacrifício que o Cristo sofreria, de todo o seu sofrimento e a sua rejeição pelos homens. Em seu plano de redenção, Deus já havia determinado o sacrifício de seu filho. No capitulo 13 de Apocalipse, ao se referir à adoração feita a “Besta”, João remete aos que haveriam de adorá-la como aqueles cujo nome não foi escrito no livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). O cordeiro ao qual João se refere é o Cristo, que precisava ser morto para que muitos fossem salvos e, que já havia sido determinado por Deus em sua onisciência. Ele já sabia todas as coisas, no entanto, foi preciso revelar aos poucos seu plano para uma humanidade limitada em suas compreensões. Quando Abraão foi chamado por Deus, ele vivia numa terra de idolatrias, numa época que era comum sacrificar pessoas aos deuses. A promessa feita a Abraão por Deus dependia de sua descendência, já que através dela surgia uma grande nação. Tudo se cumpria em Isaque, o filho gerado por Sara, quando ele já estava com quase 100 anos. Quando Deus pediu para Abraão que sacrificasse Isaque, e logo em seguida providenciou um cordeiro para ser sacrificado no seu lugar, Ele ensinou que não queria o sacrifício de seres humanos. Pedir o bem mais precioso como sinal de aliança e depois providenciar uma oferta substitutiva, foi à forma de Deus revelar que ofereceria seu próprio Filho como prova de amor por sua criação. Quando João Batista vê Jesus vindo em sua direção para ser batizado, ele diz: “Eis o cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo” (Jo 1:29). Daquele dia em diante Jesus atraiu muitos seguidores com a sua pregação, porém, seus ensinamentos geraram muitos inimigos poderosos, o acusaram injustamente e o condenaram como o pior dos criminosos.

Um dos significados para a palavra paixão no dicionário é o sofrimento que Jesus viveu antes de ser crucificado. Jesus era o Cristo que fora anunciado por Isaías. Ele foi condenado pelas autoridades de forma inocente. Em sua via dolorosa foi chicoteado, suas vestes foram rasgadas, seu rosto foi desfigurado, teve seu corpo marcado e transpassado pelos soldados romanos e morreu crucificado. Jesus entregou a si mesmo para que tivéssemos a oportunidade de nos redimir dos nossos pecados, ao crermos em seu sacrifício e nos seus ensinamentos. Lembrar-se do sofrimento de Jesus é saber que neste momento existem milhares de oprimidos sendo crucificados pela guerra ou pela fome, marginalizados pela nossa desumanidade, para estas pessoas existe uma esperança, e para cada um de nós existe um chamado de sermos solidários e de proclamarmos as boas novas do evangelho, de que em sua empatia pelos que sofrem Jesus sentiu as dores e foi morto, mas com Ele ressuscitou a esperança de que podemos nos tornar pessoas melhores.

Outra definição para a palavra paixão no dicionário é afeto violento, amor ardente. Entender o sofrimento de Jesus é saber do amor ardente de Deus por nós, é compreender que seu afeto pelo homem é tão violento que entregou seu filho para que pudéssemos nos redimir de nós mesmos e de toda a nossa insensibilidade e das nossas transgressões.

Márcio Fostino

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