MATEUS 6:6-7 – “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.”.
Jesus orienta seus discípulos a não fazerem estardalhaço quando executassem uma boa ação dando esmola aos pobres. Ao contrário dos hipócritas que tocavam trombetas para serem vistos pelos homens, Jesus salienta que eles deveriam praticar o bem de forma silenciosa, pois os que fazem para serem vistos recebem os aplausos dos homens, já os que fazem de forma altruísta recebem a recompensa de Deus. Jesus afirma que a boa ação feita em secreto é recompensada publicamente pelo Pai. Jesus continua ensinando e os orienta que quando orassem não fossem como os hipócritas, que quando oravam em locais públicos, como nas ruas e sinagogas, procuravam se destacar demonstrando ser religiosos da mesma forma que se apresentavam como piedosos. Jesus ensina que a forma mais eficaz de se orar é estando conectado intimamente com o Pai. Desta forma, Ele sugere que se entre no quarto feche a porta, pois, ali em secreto, Deus ouvirá.
Embora Jesus estivesse ensinando a forma devocional individual do ato de orar suas palavras são direcionadas aos discípulos, portanto, a comunhão entre os irmãos de fé deve ser apresentada durante o intimo diálogo com Deus. Ele pede para que não usassem de vãs repetições como os pagãos, que acham que Deus se impressiona com a retórica, ou mesmo com a intensidade de um mantra. Jesus se apresenta como o Filho de Deus e chama seus discípulos a fazer parte de uma grande família, sendo Ele o primeiro entre muitos irmãos. Por sua frase introdutória usando o pronome possessivo na primeira pessoa do plural a oração ficou conhecida como “Pai Nosso”, no entanto, devemos considerá-la como oração dos discípulos. É importante nos apresentarmos ao criador como nosso Pai que está nos céus, pedindo para que seja feita a vontade Dele em nossas vidas. Ao ensinar sobre pedirmos o pão nosso de cada dia, Jesus nos lembra de que dependemos de Deus. Quando o povo hebreu atravessou o deserto Deus providenciou do céu o manar que os sustentavam. Cristo morreu para que nossas ofensas fossem perdoadas, assim como Deus nos perdoou, temos que perdoar aqueles que nos ofende. A santidade de Jesus nos convida a levar uma vida santa, porém, as tentações nos induzem ao pecado desviando o nosso foco, desta forma, precisamos pedir a Deus resistência, força e livramento de todo o do mal.
Orar é conversar com Deus, Jesus nos conduz e nos apresenta o Pai, a medida que o conhecemos e nos relacionamos com Ele passamos a ter intimidade. Quando confiamos em alguém temos liberdade para falarmos sobre nossos sonhos e nossos problemas. Quando alguém nos ama busca ouvir nossa voz e procura nos ajudar, Deus nos ama e deseja o melhor para nossa vida. A religiosidade procura dar respostas para todos os problemas, muitas vezes somos religiosos na visão do mundo, porém, temos nossos medos e dúvidas que muitas vezes não encontram respostas. A religião nos conduz às certezas que são reforçadas por nossas crenças, a oração nos expõe diante da verdade. A fé nos conduz a Deus, quando estamos a sós diante Dele somos confrontados e despidos das armaduras. Deus não se impressiona com a estética ou eloquência das nossas palavras. Não é uma oração bonita que chama a atenção de Deus, mas sim um coração sincero que se ajoelha e derrama lágrimas.
Márcio J. Fostino.
Clique e saiba mais em:
Para adquirir o livro NAS MÃOS DE DEUS, clique no link abaixo:
Comments