LUCAS 15:31-32- “E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se”. Ao ensinar sobre o reino de Deus, Jesus conta uma parábola de um homem que tinha dois filhos. O mais novo resolveu pedir sua parte da herança ao pai. Depois de receber sua parte ele foi para uma terra distante e passou a viver de forma irresponsável. Após gastar todo seu dinheiro ele se viu em difícil situação, a ponto de desejar se alimentar com a comida dos porcos. Caindo em si o jovem resolveu voltar para casa e pedir perdão a seu pai. Ao vê-lo chegar seu pai se alegrou, o abraçou e o perdoou. O filho mais velho se sentiu injustiçado, pois o pai nunca havia lhe feito uma festa ou retribuído pelo seu trabalho, enquanto o seu irmão que gastou tudo que tinha, foi recebido de braços abertos. Seu pai o fez lembrar que ele sempre esteve em sua presença e tudo que lhe pertencia também era dele, mas, que era necessário celebrar o retorno de seu irmão que havia saído de sua presença e se perdido na vida. Jesus contou esta parábola para mostrar que o reino de Deus é caracterizado por arrependimento, amor e perdão.
A história de Esaú e Jacó, filhos de Isaque, aponta na direção do agir de Deus, abençoando aquele que se arrepende e reconhece os erros. Rebeca, esposa de Isaque, ficou grávida de gêmeos e as crianças brigavam em seu ventre. O Senhor disse para ela que em seu ventre havia duas nações que se dividiriam, sendo um povo mais forte que o outro e que o maior serviria o menor. Deus tinha feito uma aliança com Abraão, pai de Isaque e avô de Esaú e Jacó, Ele havia dito que faria dele uma grande nação e que seus descendentes seriam mais numerosos que as estrelas do céu. A continuidade desta aliança era garantida pela benção de Deus, que era confirmada quando o patriarca abençoava seu filho mais velho, Esaú era o primogênito, a benção de Isaque deveria ser transmitida para ele. Esaú era forte e um exímio caçador, certo dia ele chegou cansado e com muita fome do campo, usando de esperteza e da vulnerabilidade de seu irmão, Jacó propôs a troca do direito de primogenitura pela comida que havia feito, Esaú aceitou a oferta. Após perder este direito, Esaú perdeu também a benção de seu pai. Isaque já estava velho e quase não enxergava, ele chamou seu filho mais velho para lhe transmitir a sua benção, no entanto, fingindo ser o irmão, Jacó juntamente com sua mãe enganou o pai.
Jacó se viu obrigado a fugir com medo de ser morto por seu irmão Esaú. Sua mãe mandou que ele fosse para casa de seu tio Labão. Longe da casa do pai, Jacó trabalhou muitos anos nas terras de Labão, foi enganado, casou-se, teve filhos, prosperou, porém, nunca se esqueceu do passado e, daquilo que lhe fez ir habitar numa terra distante. Apesar do medo de ser morto ele decidiu voltar e pedir perdão a seu irmão. A volta de Jacó foi um sinal de arrependimento, como consequência, no meio do caminho Deus o abençoou e trocou seu nome para Israel. Ele já havia mandado sua família e seus empregados na frente para encontrar com Esaú em sinal de respeito e submissão. Ao se encontrarem Esaú abraçou Jacó e chorou. No lugar da morte Jacó encontrou perdão. Embora do ventre de Rebeca tenha surgido duas nações o reencontro de Jacó e Esaú mostra a reconciliação.
Quando Jesus contou esta parábola ele estava conversando com publicanos e pecadores. Os religiosos representados por fariseus e escribas desprezavam esses grupos de pessoas. Jesus compara o filho pródigo com os pecadores e os fariseus com o filho mais velho, que muitas vezes excluíam e julgavam as pessoas. O pecado nos trouxe a consequência da morte, já nossos erros nos levam para longe da casa do Pai. Quando reconhecemos nossa condição diante de Deus e nos arrependemos Ele está pronto para nos perdoar e nos abençoar. A aliança feita por Deus com Abraão transformou Israel em uma grande nação. Os israelitas eram os responsáveis por revelar a outros povos a mensagem de Deus até a vinda do Cristo. Jesus é a revelação maior, porém, foi desprezado pelos seus. Como um irmão mais velho Jesus recebe os arrependidos de braços abertos, seus discípulos são chamados para glorificar o Pai neste mundo. Através de Jesus, o maior serve o menor.
Márcio J. Fostino.
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